[ Azeite ]

A olivicultura no Douro existe, primordialmente, desde a época em que os primeiros povos Romanos se instalaram na região. A promoção da viticultura e olivicultura foi desde sempre um dos principais marcos da ocupação Romana na Península Ibérica, tendo estes criado as condições, implementado as técnicas e sabedoria na cultura da vinha e oliveira. O clima mediterrânico no Douro, aliado aos seus pobres solos xistosos, criam as condições ideais para a produção de azeites muito aromáticos e saborosos.
Com cerca de 37 hectares de olival entre a Quinta das Carvalhas e Quinta dos Aciprestes, contamos com uma série de parcelas centenárias e variedades clássicas para a produção de dois azeites de altíssima qualidade.

Quinta das Carvalhas

O olival da Quinta das Carvalhas está implantado em terrenos de xisto, geralmente com inclinações elevadas. Muitas das nossas oliveiras são árvores centenários em modo de produção biológico prevalecendo uma grande mistura de variedades. Dentro dessas variedades destacam-se: a Cordovil, a Negrucha, a Coimbreira, a Madural, a Molar e a Verdeal.

Na Quinta das Carvalhas praticamos uma Olivicultura muito tradicional onde respeitamos todos os procedimentos ancestrais, nomeadamente no que respeita aos amanhos culturais.

A colheita é efectuada manualmente entre Dezembro e Janeiro, através do tradicional método do varejamento para longos toldos colocados por baixo de cada oliveira. Transportamos as azeitonas frescas em caixas de 20 kg para o lagar onde se segue o desfolhamento e a sua laboração através de extracção a frio, preservando, assim todas as suas qualidades.

Produzimos um azeite de qualidade superior repleto de aromas e sabores intensos. Maduro, e muito encorpado com notas frutadas, proporciona uma belíssima prova. Um azeite excelente para o consumo directo e ideal para temperar a cru.

Quinta dos Aciprestes

O azeite da Quinta dos Aciprestes nasce no seio desta afamada Quinta localizada em frente à Foz do afluente Rio Tua, no coração do Alto Douro Vinhateiro. A Quinta, sendo conhecida pelos seus poderosos vinhos tintos, apresenta um terroir austero, onde o clima vive os extremos durante inverno e verão, os solos de xisto são muito pobres e escléticos, e a falta de precipitação, são factores que beneficiam a qualidade dos vinhos da Quinta, mas mostram também aptidão para a olivicultura.

Na Quinta, as oliveiras de origem mediterrânia, contam com mais de 100 anos e cobrem uma area total 11ha, agregando algumas arvores separadas em bordadura. Trata-se precisamente de um olival tradicional, sem regadio, instalado em socalcos, suportados pelos tradicionais muros de xisto. Embora se possam identificar variedade de azeitona mais conhecidas como o Cordovil, o Madural, a Negrucha e o Verdeal, este olival está plantado de forma clássica,  contando com uma grande mistura de variedades, tal como nas vinhas velhas da região.

Através de tradicional processo de colheita manual,  a “apanha” decorre no final de Outubro ou inicio de Novembro, de forma a preservar a lado mais aromático do azeite, e proporcionar uma prova repleta de sabores e nuances picantes.